História da Dança de Mestre-Sala e Porta-Bandeira

A criação da dupla de MS e PB foi inspirada nos pares originais dos ranchos carnavalescos, conhecidos por balizas e porta estandartes. O baliza, hoje mestre-sala, era encarregado de defender o estandarte da escola, uma vez que esta peça corria o risco de ser arrebatada por componentes de outro grupo desfilante. O "roubo" ocorria normalmente, no clímax da euforia momesca, quando as agremiações se encontravam e o baliza descuidava da proteção à porta-estandarte e seu pavilhão.
Era costume também os homens carregarem os estandartes das agremiações. Segundo alguns estudiosos, a primeira porta-bandeira, teria sido da Portela mas na verdade foi um homem chamado Ubaldo. Ele empunhava o símbolo da agremiação na guarda de honra que era adotada na época.
Nos ranchos caranavalescos uma figura feminina exerceu o papel de mestre-sala, Maria Adamastor, famosa por suas excelentes atuações, tendo sido bastante conhecida nos carnavais do Rio de Janeiro.
Alguns precursores da inovação nos ranchos foram: Hilário Jovino Ferreira, Getúlio Marinho (Amor), Maria Adamastor, Antonio Farias, Bororó, Theodoro Massadas e João Paiva Germano. Já nas escolas de samba, para uns estudiosos, Juvenal e Ceci formaram o primeiro par de MS e PB da primeira escola de samba carioca, a Deixa Falar. Ainda segundo estudiosos o primeiro instrutor de MS nas escolas de samba foi Maçu, o José Claudino, da Mangueira, que teria sido inclusive o professor de Delegado.

Por Rita Freitas

PS- O grande MS Maçu da Mangueira, que é inclusive citado em um samba-enredo da Mangueira, vem a ser o avô de Ubirajara Claudino, meu atual mestre-sala.